Flor doTrigo

quarta-feira, junho 29, 2005

Meu Cigano Amor
Semida Cauduro Rodesky

Sou cigana, morena, andaluz
meus negros cabelos te seduzem
meu olhar profundo te atravessa
o corpo e alma. Te quero, te busco.
Como uma cigana sem pouso
certo quero em teu regaço ficar
e aninhar-me
Fazer em ti a minha morada certa.
Cansei desta vida errante e sem destino
No teu amor busco a realização
do meu sonho infantil de ser,
ser como todos na vida,
ter endereço certo.
Ah amor! meus desejos,
em ti busco saciar minhas ânsias,
minha paixão.
Satisfazer o meu amor e acalmar
meu sexo e minh´alma fervilhante.
Saciar desejos intensamente acalentados
Que sejas o porto seguro do meu amor!
A morada da minha paixão.
E que errantes, continuemos
nossa vida cigana,
sem rumo certo porém,
ancorados em nosso amor.
posted by Semida at 2:05 AM 1 comments

sábado, junho 25, 2005

Teu Amor
Semida Cauduro Rodesky
Tu que me re-ensinaste a rir, cantar e ser feliz,
Tu que ao meu encontro faltaste,
Não sabes a dor que me causaste!
Novamente abandonada me senti.
Desprezada, novamente me percebi.
Somente te confesso deprimida não me atinei,
Não conseguiste me fazer eternamente triste.
Teu amor descobri , foi um engano.
Mas, como certa vez o poeta disse:
" Foi eterno enquanto durou!"
posted by Semida at 11:40 PM 2 comments

sexta-feira, junho 24, 2005

Aqui estou


A C A S A E O S O N H O

Semida Cauduro Rodesky

Na minha infância eu sonhei. sonhei e sonhei...

Um dia distante, quando crescer, uma casa terei.

Será sólida como a pedra com a qual a construirei

Firme como o pensamento da vida que viverei..


Uma casa sólida de paredes reforçadas, duplas,

Altas, refrescantes, onde a paz pudesse reinar,

Com muita sombra, árvores, frutas e flores,

O perfume a invadir minha alma, espraiando

Aromas diversos, saborosos e doces pelo ar.


Onde, nas tardes primaveris, o riso e a felicidade

Estivessem presentes e representados pelo florescer das rosas,

Pelo canto dos pássaros em revoada fazendo uma anarquia,

Que estariam presentes e sincrônicos como o farfalhar das folhas

Sopradas com irreverência pela brisa das tardes alegres.


Na cadeira, sentada ao cair da tarde, pudesse

Admirar a beleza das flores, sentir o perfume,

Deliciar-me com uma boa leitura, ouvir música suave,

Compatível com o meu estado de espírito,

Com a porta sempre aberta como a esperar

Por uma boa companhia e uma boa conversa.


Horas após horas se passam e o dia também,

Chega o crepúsculo, a noite de mansinho

Vem chegando, a vida passa e eu,

Na cadeira, sozinha, continuo a esperar

Pelo amanhã que não tarda, pelo alvorecer,

Clareando novamente o dia na minha casa

Sólida, pétrea, que ninguém há de derrubar.














posted by Semida at 4:57 AM 2 comments